Vocês devem estar se perguntando o que “boas práticas em TI” têm a ver com a nossa gestão de projetos.
Bom, a área de TI, naturalmente, precisa de agilidade para executar suas demandas. Dentro disso percebemos, nos últimos, tempos várias mudanças de cultura criadas pela ruptura de paradigmas antigos.
Essas mudanças referem-se à criação e aplicação de metodologias ágeis e aprendizagem contínua e sem culpa.
Apesar de não sermos profissionais de tecnologia da informação, podemos absorver bastante informações e conceitos e utilizá-los como boas práticas dentro do nosso ambiente institucional.
Farei uma série curta de três posts sobre o assunto para que possamos entendê-los um pouco mais, fazer reflexões e trazê-las para o nosso dia-a-dia (e também para não ficar extenso demais e cansativo para apenas um post).
Como não sou expert no assunto, trarei textos originalmente escritos por especialistas e, posteriormente, sugerirei algumas outras leituras.
Por ora, peço que leiam o conteúdo imaginando o nosso ambiente, fazendo a analogia de que um software seja um projeto, e que as áreas citadas sejam os setores da fundação. Sem querer dar spoilers, mas é notável como a integração, o fluxo de informações, definição de papeis e responsabilidades, planejamento e comunicação são peças chave para o sucesso de equipes de alta performance.
Ps: ao fim do post, inseri um vídeo e também algumas sugestões de leituras para quem tiver mais interesse no assunto, mas não são obrigatórias, apenas complementares.
DEVOPS
Devops é um termo criado para descrever um conjunto de práticas para integração entre as equipes de desenvolvimento de softwares, operações e de apoio envolvidas, e a adoção de processos automatizados para produção rápida e segura de aplicações e serviços. O conceito propõe novos pensamentos sobre o trabalho para a valorização da diversidade de atividades e profissionais envolvidos e atitudes colaborativas. É um processo que torna possível o desenvolvimento ágil de aplicações em um modelo de gestão de infraestrutura definido sob regras rígidas e burocráticas.
Tradicionalmente Desenvolvimento e Operações são setores diferentes nas empresas e com motivações distintas. O setor de Desenvolvimento já evoluiu com adoção de metodologias ágeis e estão mais alinhadas ao negócio. O setor já consegue entregas rápidas e constantes para atender a expectativa dos clientes por novos recursos e assim valorizar o produto da empresa. A área de Operações, por sua vez, deseja o mínimo de alterações possíveis no ambiente de produção, pois podem gerar um novo ponto de instabilidade, o que desvalorizará o produto da empresa. Assim há interesses contraditórios: um setor quer evoluir e o outro garantir.
A cultura DevOps sustenta-se nos pilares:
- Integração Contínua: fácil transferência de conhecimento e experiências entre as áreas de Desenvolvimento, Operações e Apoio.
- Implantação Contínua: liberação rápida e contínua de novas versões de software ou serviços.
- Feedback contínuo: feedbacks frequentes das equipes envolvidas em todas as fases do ciclo de vida do software ou serviço.

Para alcançar esses objetivos, a prática Devops recomenda ações como:
Pessoas integradas: Apoiar e prover pensamentos que integrem as pessoas, que façam com que partilhem suas histórias e se desenvolva a empatia entre elas para um trabalho conjunto eficaz e duradouro.
Foco no projeto: Crie uma atmosfera livre de culpa, com o objetivo em comum: o projeto. Profissionais devem defender o projeto e não suas áreas de atuação. É preciso romper tradições e fazer com que as equipes tenham um comportamento colaborativo, construtivo e de respeito mútuo.
Reuniões conjuntas: em vez de promover discussões isoladas com a equipe de desenvolvimento, operações ou apoio, sempre integre pelo menos um profissional de cada área nas discussões dos setores para que tenham entendimento dos objetivos a serem alcançados, recursos e demanda previstos, requisitos necessários, problemas já enfrentados e riscos envolvidos sob uma mesma ótica.
Negócio Just-in-Time: Fornecimento de aplicações e serviços que promovam um desenvolvimento do negócio com qualidade e otimização do uso de recursos humano, tempo, tecnológicos e/ou financeiros.
Infraestrutura para negócio: garantir continuamente a infraestrutura com foco no negócio. Implantar mecanismos que permitam a área de operações atenderem as expectativas do negócio e ainda sim manter sua confiabilidade.
Desenvolvimento Ágil: o desenvolvimento do software deve seguir uma das metodologias ágeis para entregas rápidas e contínuas. ( SCRUM, XP, …)
Liberdade para Deploy: a equipe de desenvolvimento deve ser autônoma para realização de deploy nos ambientes, até produção sem necessidade de processos burocráticos e interferência da área de operações.
Integração contínua: Ferramentas devem orquestrar todo o processo envolvido na entrega de nova versão da aplicação que inclui a criação dos ambientes caso necessário, deploys dos códigos juntamente as configurações da infra, testes automatizados, possibilidade de reversão e auditoria.
Gestão de incidentes: Para que a infraestrutura seja ágil é determinante que haja estratégias para gestão de incidentes bem definidas, políticas de roll back, backups e ferramentas de monitoração pró-ativas.
Fonte:
O que é DevOps
<< https://www.4linux.com.br/o-que-e-devops >>
Outras leituras sugeridas:
DevOps
<< https://gaea.com.br/o-que-e-devops-conceito/ >>
O que é DevOps?
<< https://aws.amazon.com/pt/devops/what-is-devops/ >>
Muito bom Gio! Impressionante como podemos trazer essas informações para a nossa realidade!!! O que nos parece distante devido a área do conhecimento a que refere-se na verdade está mais próximo do que imaginamos!
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O Vitor da GETIN topou conversar conosco sobre DEVOPS. Vou combinar com ele um dia!
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